Entenda como surgiu a nova taxa e o papel das energias renováveis no custo e geração de energia no Brasil.

Se você percebeu um aumento considerável nas contas de energia da sua casa ou empresa nos últimos meses, talvez já saiba que está em vigor uma nova taxa de consumo energético no Brasil, a bandeira tarifária de escassez hídrica. 

O que é a bandeira tarifária de escassez hídrica?

Implementada em setembro de 2021 e com vigência definida até 30 de abril deste ano, a nova taxa adicional R$14,20 às faturas de energia em todo o Brasil para cada 100 kW/h consumidos. 

A bandeira, que até então não existia, representou um aumento de 49,63% em relação à bandeira mais alta praticada e que já estava em vigor nos meses anteriores, a Vermelha patamar 2, no valor de R$9,49 por 100 kW/h.

Isso porque o Brasil enfrenta neste momento a pior crise hídrica dos últimos 91 anos, demandando do setor elétrico medidas adicionais para que não ocorram apagões, uma vez que os reservatórios das usinas hidrelétricas não são suficientes para suprir a demanda energética do país.

As principais medidas são colocar mais termoelétricas em funcionamento e a importação de energia.

E claro, o custo de tudo isso é repassado ao consumidor através das bandeiras tarifárias. Porém, especialistas afirmam que o valor da taxa precisaria ser muito maior para custear a crise hídrica, o que nos deixa em situação de incerteza em relação à duração da vigência da taxa e seu valor para os próximos meses. 

Aí entra uma questão importantíssima: essas são medidas paliativas, que não só vêm afetando negativamente o bolso do brasileiro, como a longo prazo não são sustentáveis economicamente nem ecologicamente. Leia abaixo para entender.

Afinal, qual o problema no uso de termelétricas?

De forma muito simples, as termelétricas dependem de combustível fóssil para funcionar, o petróleo. Isso significa que não só essa operação depende diretamente do preço sempre oscilante do commodity, como ele por si só é uma fonte que está próxima de acabar: a empresa britânica British Petroleum divulgou um estudo alertando para o fim das reservas de petróleo, que deve acontecer até 2067. 

Não para por aí: o impacto ambiental dessas usinas é extremamente alto, já que elas liberam diversos gases poluentes na atmosfera, provocando o efeito estufa e as chuvas ácidas.

E é aí que as energias renováveis, como a solar, entram como excelentes soluções, tanto na esfera pública quanto particular.

Como a energia solar pode ajudar a acabar com a taxa de escassez hídrica?

Na esfera pública, economicamente, ela é mais interessante: a instalação de uma usina solar hoje é mais barata que uma usina termelétrica da mesma capacidade, além de ter um rápido retorno sobre o investimento.

Na esfera particular, é possível ter uma considerável diminuição no consumo de energia terceirizada, diminuindo o valor da fatura mensal para o consumidor e também contribuindo para uma diminuição da dependência dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

Sustentável para o bolso e para o meio ambiente, afinal a energia solar depende de uma fonte energética constante e inesgotável, o sol, e não provoca poluição. 

Dessa forma, fontes de energia renováveis como a solar podem, mais do que acabar com a bandeira tarifária de escassez hídrica, solucionar a longo prazo a geração e custo de energia no Brasil.

Felizmente, o mercado de energia solar está em rápido crescimento no país e não poderia haver hora melhor para investir: além do aumento da tecnologia e a diminuição dos custos de instalação, o Marco Legal da Geração Distribuída isenta atuais e novos geradores de energia própria da taxação da energia solar até 2045.

Mas fique atento: para aproveitar a isenção, é preciso aderir à energia renovável em até 12 meses após a sanção da lei. Não perca tempo e invista, estamos aqui para te ajudar em todo o processo.